A Onisciência de Deus

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Onisciência é uma palavra utilizada para explicar o ensino bíblico de que Deus conhece plenamente e perfeitamente todas as coisas. Entender o que é onisciência nos ajudar a conhecer um pouco mais sobre o nosso Deus, pois ser onisciente é uma de Suas qualidades.

A palavra onisciência possui origem latina e é formada pela combinação de omni, “todo” ou “completo”, e scientia, que significa “conhecimento”. Logo, basicamente ser onisciente é saber de tudo.

 O conhecimento de Deus é chamado de onisciência, que significa que Seu saber é universal, abrangendo todas as coisas, todas as pessoas, e todos os acontecimentos. Não há nada oculto para Deus. Não há jamais a mínima diferença entre o conhecimento de Deus e a realidade. Ele não apenas sabe todos os fatos, mas Ele os interpreta com perfeita sabedoria. Para o cristão, a onisciência de Deus infunde grande confiança e conforto – Deus conhece as nossas necessidades, Ele entende as nossas tribulações, e nos deu a Sua Infalível.

A diferença aqui entre Deus e o homem é notável. O homem conhece pouco, pois seu entendimento se obscureceu com o pecado.

Apesar de a Bíblia não usar o adjetivo onisciente, ela nos diz que os olhos do Senhor estão em toda a parte, ou seja, nada escapa de Seu conhecimento (Jó 24:23; Sl 33:13-15; 139:13-16; Pv 15:3; Jr 16:17). Ele conhece o momento exato em que um passarinho cai (Mt 10:29), bem como o número preciso de fios de cabelo na cabeça de cada pessoa no mundo (Mt 10:30).

Deus sonda os pensamentos e as intenções do coração do homem (Sm 16:7; 1RS 8:39; 1Cr 28:9; Sl 139; Jr 17:10; Lc 16:15; Rm 8:27; Ap 2:23). Ele conhece exaustivamente o futuro, tanto quanto conhece o passado e o presente. A onisciência de Deus também abrange todas as possibilidades, ou seja, Ele tem ciência de todos os acontecimentos possíveis que nunca ocorreram, e sabe perfeitamente qual teria sido o impacto na História se cada uma dessas possibilidades tivessem sido concretizadas (1Sm 23:9-13; 2Rs 13:19; Sl 81:14-15; Is 48:18; Mc 11:21).

A onisciência divina é atemporal: Deus conhece o presente, o passado e o futuro. Para Ele, tudo ocorre como um fato real, do mesmo moda que a mente humana é capaz de perceber o presente. Mais ainda: Ele é capaz de ver as coisas do futuro como se já houvessem ocorrido.: “Que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam. Que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (IS 46.10). “(…) Chama à existência as coisas que não são” (RM 4.17b). “Diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde os séculos” (AT 15.17,18). Enquanto, para a mente humana, os fatos são sucessivos, para Deus, não há essa dependência do que vem antes e do que vem depois, para saber, de fato, o que elas são.

A contemplação do conhecimento de Deus deve encher a alma de admiração exaltadora. Quão grande deve ser Aquele que conhece todas as coisas! Nenhum de nós sabe o que um dia trará a nós, mas Deus sabe o que há de suceder no tempo e eternidade.

O conhecimento infinito de Deus deve encher os homens de santo temor. Tudo o que dizemos, pensamos ou fazemos é conhecido a Ele a quem prestaremos contas. Meditar nesta divina perfeição será um poderoso contra-peso aos caminhos da carne. Em horas de tentações nós devemos dizer como disse Hagar: “Tu és Deus que vê”. Gênesis 16:13.

Estar ocupado com o infinito saber de Deus encherá o filho de Deus de humildade, adoração e louvor. “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos”! Romanos 11:33.

A verdade diante de nós é um encorajamento à oração. Não há perigo de nossas orações não serem ouvidas, que nossos clamores e nossas lágrimas escapem da atenção de Deus. Não há perigo de um dos santos não ser notado por Deus entre as multidões de suplicantes. Uma mente infinita é capaz de prestar atenção a milhões de súplicas como se fossem a súplica de um só homem. E não pomos em perigo nossas orações pelo uso inapropriado de palavras, pois Deus é conhecedor de nossos pensamentos e lê os intentos do coração.

Provérbios 15.3: Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.

Devido ao fato de que Deus conhece tudo sobre todos os homens, ninguém escapará do juízo vindouro. Não haverá pecado oculto que não seja ali revelado. “Diante de ti puseste as nossas iniquidades; os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto” (Sl 90.8). Já os salvos passarão pelo Tribunal de Cristo para receber galardões segundo as suas obras, porém também dependerão da memória de Deus para que sejam justamente recompensados por suas obras. (2 Co 5.10; Rm 14.10; Ap 22.12; 1 Co 3.1-15). “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho de amor que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis.” (Hb 6.10).

 

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