A origem e a prática do amor cristão segundo as cartas de João

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A origem e a prática do amor cristão segundo as cartas de João

As cartas de João são uma fonte inesgotável de ensinamentos sobre o amor divino e sua manifestação em nossas vidas. Ao longo desse estudo, exploramos profundamente o que significa amar a Deus e ao próximo, conforme nos instrui o apóstolo João.

  1. A origem do amor

“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (1 João 4:7-8)

O amor verdadeiro tem sua origem em Deus. Ele é a própria essência do amor, e aqueles que O conhecem manifestam esse amor em suas vidas. Nosso relacionamento com Deus nos capacita a amar uns aos outros de maneira genuína e profunda. Como Jesus nos ensina em João 15:5: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma.” Permanecer em Jesus é essencial para que o amor de Deus flua através de nós e impacte nossas vidas e a vida daqueles ao nosso redor.

O apóstolo João também nos lembra do imenso amor que Deus nos concedeu ao nos chamar de Seus filhos. “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.” (1 João 3:1). Como filhos de Deus, somos chamados a refletir o amor do Pai em nossas vidas diárias, amando não apenas aqueles que nos amam, mas também aqueles que são difíceis de amar.

  1. A manifestação do amor de Deus

“Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1 João 4:9-10)

O amor de Deus se manifestou de forma suprema em Jesus Cristo. João 3:16 nos lembra: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” Este amor sacrificial nos chama a uma vida de gratidão e resposta ao Senhor. Como lemos em Romanos 5:8: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” Este amor imerecido e incondicional é a base de nossa capacidade de amar.

Nossa resposta ao amor de Deus deve ser de gratidão e obediência. Em 1 João 4:19, lemos: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” Nossa capacidade de amar uns aos outros é diretamente influenciada pelo amor que recebemos de Deus. Devemos viver uma vida que demonstre nossa gratidão a Deus por Seu imenso amor, obedecendo aos Seus mandamentos e buscando agradá-Lo em tudo o que fazemos.

  1. A prática do amor cristão

“Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.” (1 João 4:11-12)

O amor cristão deve se manifestar em nossas ações e atitudes diárias. João nos lembra que o amor é a prova tangível da presença de Deus em nós. Contudo, o amor também requer discernimento e zelo pela pureza da fé e pela unidade da igreja. Em 2 João 1:9-11, lemos que devemos proteger a comunidade de fé daqueles que trazem doutrinas errôneas e tentam causar divisões.

Em 3 João 1:9-10, o apóstolo fala de Diótrefes, um homem que estava causando problemas na igreja: “Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de ser o mais importante entre eles, não nos recebe. Por isso, se eu for, chamarei a atenção dele para o que está fazendo com suas palavras maldosas contra nós. Não satisfeito com isso, ele se recusa a receber os irmãos. Ele também impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja.” É essencial lidar de maneira firme com aqueles que procuram causar divisões e tumultos na igreja. Amar verdadeiramente significa não tolerar comportamentos que vão contra os ensinamentos de Cristo e que ameaçam a unidade da igreja.

Devemos ser diligentes em cultivar um ambiente de amor, unidade e verdade em nossas congregações. Precisamos estar atentos às conversas que visam criar grupos exclusivos ou divisões, e buscar sempre a reconciliação e a unidade no corpo de Cristo. Lembremos que o amor não significa tolerar o pecado, mas sim corrigi-lo com graça e verdade.

Que o Espírito Santo nos guie e nos capacite a proteger a igreja, amar uns aos outros com sinceridade e viver de acordo com os ensinamentos de Cristo. Que o amor de Deus continue a ser a base de todas as nossas ações e atitudes, mantendo a unidade e a santidade em nossas comunidades de fé.

Conclusão

Ao refletirmos sobre os ensinamentos das cartas de João, somos chamados a viver uma vida de santidade, obediência e amor. Estamos dispostos a seguir os passos de Jesus e amar como Ele nos amou? Estamos prontos para permitir que o amor de Deus transforme nossas vidas e nossos corações?

Que o Espírito Santo nos capacite a viver de acordo com esses ensinamentos, manifestando o amor de Deus em tudo o que fazemos. Que sejamos testemunhas vivas do amor divino, refletindo a luz de Cristo em um mundo que tanto precisa dEle.

Que Deus abençoe ricamente cada um de nós e que continuemos a crescer no amor e na graça do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

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